Antiga Câmara foi ´um pouco omissa´, diz presidente do legislativo de Ilhéus

Josevaldo Machado
JBO

Ou você é omisso ou não é. Certo? Errado. Para o novo presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, Josevaldo Machado, vereador consegue ser "um pouco omisso". Foi assim que ele definiu o comportamento dos vereadores que compuseram o legislativo até o ano passado que, na opinião dele, deveriam ter forçado o ex-prefeito Newton Lima a ser mais transparente sobre as condições econômicas do município. "Por isso digo que a Câmara foi um pouco omissa. Ela deveria ter fiscalizado mais o Executivo e mostrado à população o que estava acontecendo", afirmou, durante entrevista concedida ao radialista Vila Nova, na rádio comunitária Conquista FM.

A declaração polêmica atinge diretamente, entre outras pessoas que não conseguiram a reeleição ou não concorreram no último pleito, cinco vereadores que compõem a atual Câmara - alguns, inclusive que votaram em Josevaldo para presidir a instituição -, que foram reeleitos em 2012: Valmir de Inema (PT), Alisson Mendonça (PT), Aldemir Almeida (PSB), Tarcísio Paixão (PSD) e o Professor Gurita (PP).

Para Josevaldo Machado, os números encontrados pelo atual prefeito, Jabes Ribeiro, de quem é aliado, "são muito ruins", mas não dá para ficar só chorando. " É preciso buscar alternativas". O presidente da Câmara, no entanto, também ´chorou´. "A rede da educação está destruída tanto física quanto eticamente. A saúde me preocupa muito", afirmou.

Machado considerou "duras mas necessárias" as medidas tomadas pelo atual governo, que demitiu todos os contratados, cancelou admissão de concursados e até servidores com muitos anos de serviços prestados aos municípios, mas disse que é fundamental que sejam tomadas, com urgência, medidas legais para recompor, o mais rápido possível, o quadro da saúde, um dos mais atingidos pela lista de demissões. "Caso isso não ocorra logo, teremos fraturas no setor que, lá adiante podem não ser recuperadas", concluiu.